“Amo BH radicalmente”

Pacato cidadão

No centro de Belo Horizonte as pessoas zanzam se desviando umas das outras aparentemente satisfeitas com aquele caos. Atravessam a rua fora da faixa demonstrando tranqüilidade em meio aos carros e motos que quase as atropelam.

Algumas mulheres exibem uma grande barriga que cai por cima da calça jeans cintura baixíssima ao comprar CDs e DVDs piratas. Vendedores informais gritam a todo instante e esfregam suas mercadorias na cara de cada transeunte que passa, e estes por sua vez, se desviam e fingem que não se incomodam.

Pessoas param em carrinhos de comida para almoçar e depois satisfeitos, jogam o lixo no chão.

Dormindo em cima de papelões sujos e molhados em plena luz do dia, estão alguns mendigos. O cheiro que exala deles alcança meio metro de distancia, mas as pessoas ignoram por estarem muito mais preocupadas com o que está nas vitrines.

Catadores de lixo empurram seus carrinhos pesados sem nada nos pés.

Andam quilômetros por dia por alguns reais.

Quando o ônibus para, uma verdadeira disputa silenciosa se inicia no ponto de parada. Lotado de pessoas, elas se espremem e se esfregam para chegar primeiro á um assento na janela do ônibus quente e fedido. Ninguém fala nada entre os desconhecidos.

Deficientes físicos se humilham implorando por ajuda aos motoristas dos carros. Poucos ajudam, mas outros fecham seus vidros por medo ou repulsa.

Depois do temporal, as ruas interditadas por alagamento ou postes e árvores caídas transformam o trânsito em uma selva, igual ás horas de pico. Irracionais, os motoristas desesperados só pensam uma coisa: “não vai passar na minha frente” e aceleram rapidamente quando qualquer brecha aparece.

No sul da cidade, mulheres extremamente produzidas passeiam pelos shoppings BH, Diamond Mall e Pátio Savassi em plenas três da tarde.

Executivos chegam à academia em seus carros de luxo depois do trabalho e malham com a aliança no dedo olhando para as ninfas saradas e pensando sabe lá o quê.

Uma vez na vida


Antes de qualquer coisa, é bom dizer que:

1) Meu beatle favorito era o John.
2) Meu 2° favorito era o George.
3) Eu achava que nunca ia ver na vida nada que superasse o REM no Rock In Rio, o Wilco no TIM Festival ou os shows do Radiohead.

o que me fez, durante muito tempo da vida, imaginar que talvez nem me esforçasse tanto ver um show do Paul. Sorte minha que algum dia vi, num bar, o DVD da Praça Vermelha e mudei imediatamente de pensamento.

Agora, entrando no assunto principal, o problema maior deste post é que não há muito o que eu dizer de concreto. Como é que se expressa em palavras alguma coisa que você estava esperando mais ou menos 25 anos para ver e, quando o vê, é muito melhor do que você imaginava?

Foto:Daigo Oliva, site E!Online

Depois de um iniciozinho morno com Rockshow e Jet, só pra dar um oi pra galera, lá veio ele com All My Loving. E no momento em que soou o primeiro acorde Beatle, ao mesmo tempo em que começaram a aparecer as imagens do Hard Day's Night no telão, acabou-se a menor chance de eu permanecer inteiro.

Eu admito que uns e outros podem argumentar que é meio oportunista tocar Something e A Day In The Life/Give Peace a Chance. Por outro lado, como os titulares não vão poder tocar mais para a gente... emocionou do mesmo jeito. Se o Ringo morrer antes do Paul, será que ele começa a tocar Octopus's Garden? :-)

Claro que, apesar de uns momentos divertidos como Vanderbilt, ou tocantes como My Love, por mim, cortava-se quase tudo da carreira solo e tocava-se qualquer coisa beatle a mais, já que eu gosto até do Ob-la-di. (ok, podia deixar a fantástica Live and Let Die, Jet não faz mal, me arrepiei como não esperava com Here Today e, claro, podia incluir Maybe I'm Amazed).

Mas isso tudo são detalhes, detalhes. Foi uma noite daquelas que só acontece uma vez na vida; de um tanto que, caso eu quisesse relembrar aqui nosso amigo Rob Fleming e fazer um top 5, o show de 21/11 iria ocupar os 3 primeiros lugares, com folga1.

Obrigado, Sir Paul. E volte sempre ;-)


1 - "The End", sozinha, já assumiria o primeiro lugar da lista.

Sobre a certesa/ Sobre a certeza

Fazer comunicação é difícil, porque nunca se sabe tudo, nunca se está 100% preparado. E ainda assim vejo colegas, ou mesmo profissionais, que se sentem aptos para colocar adjetivos de valor e explicar situações sem tê-las apurado a fundo.
Muitas vezes eu me sinto insegura demais pra falar sobre algo ou mesmo escrever, só consigo quebrar isso pensando em duas coisas: Um- o conhecimento não é um bloco duro, fixo e imutável; dá pra pesquisar, dá pra saber mais sobre o que eu quiser... ou quase tudo. E, principalmente, Dois- El@s também não sabem.
E quando digo “El@s” não significa @s comunicolog@s, significa humanos terráqueos (sim, existem teorias de que haja humanos não terráqueos, só não sei se podem ser considerados humanos. Ai já ia ter que ver se há reprodução com filho fértil).
Mas enfim, muita gente escolhe comunicação porque “sabe se comunicar”, mas o que é “sabe se comunicar?” É saber dizer o que quer e ter a mensagem recebida como queria? Ou é falar com convicção laciando os argumentos sólidos com habilidade para formar uma imagem mais bonita?
Ser comunilog@ pra mim, não só é divulgar, é arquitetar o caminho da melhor forma possível para que alguém ou alguma situação fale.
E há tanta gente e tanta coisa precisando ser dita. E há tanta futilidade sendo dita e querendo sempre dizer mais.
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As pessoas são muito carentes, (e é claro que eu também sou pessoa), mas tem gente, e muita gente, que não aceita a carência e que acha que tendo algo X vai ser amado. Muitas destas pessoas estruturam suas vidas em cima de planos tão vazios, e que revelam uma carência enorme que, (em boa parte das vezes), não vai se resolver com a conclusão do objetivo.

[Gente que quer ser “autoridade”, ser “melhor que @s outr@s” (e ess@s que costumam ser @s que menos vêem @s outr@s),e tantos, tantos dess@s são comunicólog@s. Dominador@s da “massa” pseudodominada]

Mas amor não se ganha assim, assim se consegue no máximo idolatria barata. Amor, pelo menos pra mim, é entender a condição em que a pessoa ou coisa foi colocada e perceber, sem que pense nenhuma frase, que é muito semelhante à sua condição. (É por isso que é um sentimento que une e tranqüiliza; tranqüiliza porque com o entendimento você não precisa provar nada ou parecer nada)
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Bem... no texto original, que eu garranchei na minha agenda, tinha mais coisa e havia mais texto que eu queria ter escrito aqui para arredondar todo "um mundo" que eu venho pensado. Mas percebi que esse “mundo” não se arredondou ainda, é só poeira estrelar. Fica então ai esta a introdução um pouco desenvolvida do que venho pensado.
Mas adianto dizendo que algumas das frases que são chave para o aprofundamento que virá é “Amor X Estratégia” e a frase do Eugênio Bucci no livro Ética e Imprensa. “aquilo que o cidadão quer, precisa e tem o direito de saber, o que não necessariamente coincide com o que os outros querem contar”.

...

E a criança suja e nua parou no meio da rua tomada por insetos, capim, pequenas e grandes árvores. Parada, ficou olhando para longe, para o horizonte que pouco aparecia atrás das ruínas de majestosos prédios tomados por plantas. Suas mãos calejadas largaram os galhos que antes carregavam e a criança contemplou a sua visão. Não externava nenhum sentimento no seu rosto, a garota simplesmente olhava para o horizonte, por fim, a criança Sorriu. Outros meninos e meninas nus que passavam por aquela rua observaram a menina que estática mantinha o olhar fixo e um singelo riso na boca. De repente, todas as crianças nuas que estavam por perto foram até aquela grande rua tomada por insetos, capim, pequenas e grandes árvores para contemplar a menina que olhava para o horizonte.
Repentinamente uma criança vestida com farrapos que mal cobriam o sexo apareceu entre as crianças sujas e nuas que rapidamente abriram passagem para o menino que foi em direção da primeira criança.
O menino não era muito menor que a garota, alcançava a altura do seu ombro. A olhando enraivecido, cuspiu na cara da menina nua e logo após a deu um severo tapa no rosto. O vento soprou impiedosamente enquanto a garota se recompunha da agressão. Um pedaço de uma embalagem metálica enferrujada, quase se desfazendo, voou em direção ao rosto de uma criança que olhava a cena e a cortou na têmpora. A criança machucada fez leve pressão para que e o sangue estancasse, foi tudo que fez.
Algumas lágrimas contidas nos olhos e nada mais, a primeira garota voltou a encarar o menino esfarrapado. Finalmente alguma emoção podia ser observada em seu rosto, era algo como ódio e alegria ao mesmo tempo, como se os dois sentimentos estivessem se fundindo e explodindo em algo diferente. O menino esfarrapado a agrediu novamente com um tapa no rosto, dessa vez a menina não precisou se recompor, imediatamente deu um tapa no rosto do menino com tamanha força que a criança caiu no chão e lá ficou. A garota rasgou as roupas do menino esfarrapado sem muito esforço o deixando nu como todas as outras crianças que lá estavam.
De longe, observando a cena, estavam outras crianças vestindo farrapos. Todas as crianças nuas que estavam por perto pararam e passaram a observar o horizonte assim como a primeira menina suja e nua. O garoto que antes usava roupas deitou-se no chão e fixou o olhar no asfalto que se soltava da rua, ele começou a chorar.
Minutos depois centenas de crianças nuas correram na direção da dezena de crianças esfarrapadas e repetiram o ato da menina, rasgando suas frágeis roupas. Alguns tentaram subir em cima das prateleiras de um prédio próximo para se proteger mas foram logo alcançadas pelas outras crianças. No fim daquele dia todos estavam nus e acenderam uma fogueira no topo de uma grande construção... logo as crianças dormiram.

"O que é que há, Velhinho"?

Já faz algum tempo que eu quero postar isso aqui.

Praticamente metade da minha vida aqui em Belo Horizonte eu passo dentro dos ônibus, sendo voltando da faculdade ou indo para o Shopping comprar alguma coisa. Sendo como for, é uma média de dois ônibus por dia. Dessa forma, como passo muito tempo dentro dos "balaios", eu tenho tido acesso a casos e acontecimentos tão frequentes que simplesmente não é possível não falar deles aqui ou em qualquer lugar.

Desde quando eu comecei a viver essa vida de estudante universitário em BH, o que aconteceu há dois anos, tenho visto a BHTrans espalhando uma política de melhoria no transporte público que vai desde o espaço aberto a sugestões até ao desconto no segundo ônibus aos domingos. Coisas básicas que todo departamento de trânsporte tem a obrigação de fazer enquanto empresa. Contudo, essas "melhorias", pelo menos a maioria delas, fica só na teoria, e o que é visto, não só por mim, mas por todos que utilizam o transporte público, é uma sucessão de erros, repetidos à exaustão, tanto pelos motoristas, pelos agentes de bordo quanto pela própria BHTrans que não toma nenhuma atitude frente aos usuários indignados com a má qualidade do trabalho que eles vêm realizando.

Por obrigação e determinação do própria BHTrans, os consórcios devem reservar um determinado número de assentos preferenciais para idosos, gestantes, deficientes e obesos (quem nunca viu aquelas cadeiras amarelinhas na parte da frente dos ônibus?). Todos os consórcios seguem perfeitamente essa regra imposta pela BHTrans, mas o que acontece na prática é que muitos idosos e todos aqueles que têm direito ao assento preferencial acabam ficando de pé. Com ônibus lotados, as pessoas não se dão ao trabalho de ceder o espaço reservado a elas. Para não sentirem culpa de deixar a mãe com o filho no colo se equilibrando como pode no corredor, muitos fingem que estão dormindo, ou simplesmente não se importam, preferindo olhar para a janela e fingir uma distração. Maior problema ainda é o agente de bordo, o cobrador, que vê o que acontece e se abstém totalmente de cumprir sua obrigação, resumindo seu emprego a receber o dinheiro da tarifa.

Os motoristas também têm sua parcela de culpa. Já perdi a conta de quantas vezes já fiz sinal para ônibus que não parou quando deveriae de quantas pessoas já vi terem que esperar pelo segundo ônibus porquê o motorista "não viu". Ora, ou ele não viu ou a negligência é grande e frequente demais.

Outro ponto que me incomoda bastante é a brusquidão e imprudência com que os motoristas dirigem os ônibus. Como se estivessem com carros de pequeno porte, "costurando" os outros veículos e pressionando quem não sai da frente; até mesmo já presenciei dois ônibus disputando racha na Avenida Antônio Carlos, que liga a Pampulha ao Centro. No bairro onde moro, Santa Amélia, na região da Pampulha, quem já foi lá sabe que as ruas são todas estreitas, daquelas onde só um carro por vez consegue passar. Mas só quem anda de ônibus naquele lugar sabe a velocidade absurda com que os motoristas entram através das vielas. A sensação de que eles vão carregar todos os carros estacionados é constante. Essa velocidade com que eles dirigem costuma causar acidentes dentro dos próprios ônibus. as pessoas têm que se equilibrar como podem nas cadeiras, nas barras de aço e ai de quem não conseguir se segurar a tempo.

Andar de ônibus se trasformou em uma aventura forçada diária para todos aqueles que, como eu, necessitam do transporte público. Não estou generalizando. Há motoristas e agentes de bordo que são exemplos de bons profissionais, mas a maioria deles deixa a desejar, cumprindo sua obrigação como se estivessem ali fazendo algum favor aos usuários.

Ocultismo

"Eles devem achar difícil, aqueles que tomaram a autoridade como verdade, em vez da verdade como autoridade" - Gerald Massey, egiptólogo.

Recentemente, nos últimos posts, eu tenho falado muito em Ocultismo e tudo aquilo que a maioria das pessoas chama de exotérico ou, em casos em que se há menos intolerância dos assuntos abordados, "interessante". Mas eu entendo, porque não expliquei em momento algum o que é o tão pouco conhecido, mas não menos mencionado, "ocultismo".

Mas o que vem a ser esses estudos exotéricos, de ciências não convencionais e até mesmo absurdas (assim alguns dizem)? Bom. Uma outra definição correta para o ocultismo seria "ciências ocultas", cujo próprio nome, auto explicativo, já deixa bem claro o que é. Ou não. Mas tudo bem, eu entendo, não é tão fácil quanto parece ou quanto se pensa que é. O nome ciências ocultas é um tanto quanto vago quando se trata desses temas que, na maioria esmagadora das vezes, nunca são abordados ou, quando alguém toca no assunto, é levemente mencionado.

Enfim, o ocultismo nada mais é do que um conjunto de práticas e teorias que têm como objetivo descobrir os segredos naturais, universais e também da própria humanidade. É, tem exatamente o mesmo objetivo de todas as outras ciências no mundo, contudo, o ocultismo trata de um tipo de conhecimento que está além da esfera do conhecimento empírico, o que está na natureza que ainda não foi desvendado e o que é secreto. A comunidade científica não aceita o ocultismo e suas descobertas como provas válidas por esse motivo e também pelo agravante de que suas metodologias não são compartilhadas. Sob todos os aspectos, o ocultismo está relacionado aos fenômenos ditos "sobrenaturais", ou seja, conjecturas metafísicas e teológicas, algumas das quais relacionadas às culturas de povos antiqüíssimos e ditos clássicos.

Nas ciências ocultas, a palavra "oculto" refere-se a todo "conhecimento secreto" ou "não revelado", o que leva de volta à não aceitação do ocultismo por parte da ciência convencional, que é sempre associada ao "conhecimento ortodoxo". Esse conhecimento oculto é chamado assim, "não revelado", por estar em desuso ou permanecido nas raízes das culturas, portanto, para as pessoas que estudam e se aprofundam nessa filosofia ocultista, o conhecimento oculto acaba se tornando algo comum e compreensível em matéria de símbolos e significados.

Mesmo que muitos dos símbolos usados nessa ciência estejam sendo utilizados normalmente e façam parte da linguagem verbal e/ou escrita, eles permanecem como estão. Ocultos. Seu significado e seu verdadeiro sentido continuam nas raízes das culturas. A partir dessa linha de raciocínio, ora mais, podemos, então, concluir que pode ser chamado de "ocultismo" tudo aquilo que seria uma sabedoria intocada, que poucas pessoas chegam a ter conhecimento, por estar longe da visão objetiva delas, ou longe de seu interesse. Desde sempre o ocultismo foi concebido como um saber acessível apenas a pessoas iniciadas, ou seja, pessoas que passaram por um processo de inserção a um grupo atípico, separado do comum e do popular. Como uma espécie de batismo, onde as pessoas escolhidas fossem treinadas e guiadas a se iniciar numa nova forma de compreender e pensar tudo aquilo que já se conhece, transcendendo-o.

Ora, dessa forma, podemos dizer que o ocultismo consiste não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente e espírito.

Qual Navegador Você Usa?

Achei que seria de interesse do João e do Jodilson (mais do João do que do Jodilson), que são os nerds-mor desse blog, colocar isso aqui. O João até já falou sobre a briga dos navegadores aqui, se bem me lembro.

O Filme!!

Acabei de assistir "Tropa de Elite 2- O Inimigo Agora é Outro", fiquei ...
sem palavras!!!!!

Minha admiração pelo José Padilha só cresceu, o cara é incrível mesmo. É um filme daqueles que não parecem filme, quase dá pra tocá-lo. E o melhor de tudo é que o filme aponta e cutuca a maior das podridões brasileiras, que é o sistema político.

Para quem é de esquerda e também para quem é apaixonado por subliminaridades, esse filme foi um prato daqueles. Ora aparece no computador do "deputado do bem" o símbolo do PSOL, até com o solzinho!!!!! E para quem é , creio que até minimamente, de esquerda, deve ter reparado nas falas finais do filme, falando que as favelas não existem a toa.

Mas aquela fala do final... meu deus, que foi aquilo?! Foi o melhor quase-final que eu já vi, (o final mesmo foi brega), mas aquele trecho esfregou a realidade diante as câmeras e a fez dialogar com o expectador.

Só não fiquei mais satisfeita porque me lembrei do tanto de vezes que eu vou para o cinema assistir a um filme nacional, e de quantas vezes eu assisto a um filme nacional, e quantas dessas vezes o filme é bom (o que eu aposto que é muito mais por falta de verba e de bons esquemas de reprodução, do que propriamente cabeças e idéias de roteiro, em que, aliás, desconfio muito que sejamos muito ricos).

Enfim termino este meu primeiro post, explicitando meu orgulho-alheio ao Sr. José Padilha.

Fotografia

Eu sei que eu já inaugurei o a aba com o tag de Fotografia com os posts anteriores sobre o assunto em questão, mas é com esse aqui que quero oficialmente iniciar os posts sobre fotos.

As duas imagens abaixo foram feitas pelos alunos de Comunicação Social do 7º período da PUC Minas para a disciplina Fotopublicidade, dada pelo professor e fotógrafo Tibério França. Os alunos deveriam fotografar qualquer objeto de vidro e entregar, sem qualquer manipulação digital, a imagem num formato final para publicidade.

A ideia inicial de nosso blog era que colocássemos nossos trabalhos feitos em sala aqui como forma de divulgação do que nós temos feito no decorrer do curso, então achei interessante fugir um pouco para fora de sala e colocar o que tenho produzido também no Laboratório de Fotografia. Há quem diga que nós não fazemos nada, mas isso não é bem verdade. As fotos abaixo foram feitas com meu auxílio e palpite. Toda a iluminação e também um pouco da direção fui eu quem fiz e produzi, e foram escolhidas para ir para o Flickr do Laboratório como duas entre as melhores feitas pelos alunos.

Clique nas imagens para ampliar

Sobre os Estudos | Artur, Luiza e Mariana

Mais um da série "Sobre os Estudos".

Dessa vez, o grupo a se apresentar foi, na verdade, um trio. Formado pelos nossos colegas de sala, Artur, Luiza e Mariana, o grupo complementou o trabalho apresentado pela dupla da semana passada, Jodilson e Michele. Eles estudaram o mesmo livro, Magia e Capitalismo: Um estudo antropológico da publicidade, de Everardo Pereira Guimarães Rocha, mas avaliaram outros três capítulos.

Vou manter o mesmo esquema que usei para o post sobre a apresentação deles, colocando aqui a interpretação que eles mesmos fizeram sobre o livro de Everardo P. Guimarães Rocha.

obs.: as opiniões expressas abaixo não representam as opiniões pessoas dos integrantes do grupo ou de qualquer membro desse blog. Esse é apenas um exercício feito em sala de aula.

Revistas e Anúncios
Artur
Mariana

A partir da suposição de que a publicidade é um sistema e que cada anúncio reproduz sua lógica mais geral, o autor decide escolher alguns como "mito de referência". Ele analisa os diferentes públicos e os diferentes textos em revistas, onde homem e mulher são pessoas que vendem barato o seu trabalho e compram caros bens de consumo. O homem é "público e profissional" e a mulher " do lar, doméstica". Além de revistas masculinas e femininas, existem revistas neturas em que se vê um tom purificador, neutro e distante com editoria tais como "Mundo", "Cultura", "Ambiente".

O Totemiso Hoje
O anúncio procura um tipo de "público alvo" cujo perfil é esboçado pelos publicitários de forma bastante clara. Com o sistema de transformação é que permite ao consumidor incorporar a mensagem publicitária ao seu próprio mundo. Já o sistema de classificação trabalha intensamente com a criação de classificação de uma representação. O "totemismo" é um sistema de classificação que opera em diversas sociedades procurando manter uma complementaridade entre natureza e cultura, tal como o "operador totêmico", ela é uma forma de organização do mundo. Ao nomear os produtos, ao identificá-los e climatizá-los, a publicidade os diferencia e os traz para o nosso mundo. A publicidade individualiza cada produto como o passo fundamental para torná-lo "humano".


O Anúncio Publicitário

Luiza

O sistema publicitário operando, na prática, a conjunção da esfera "produção" e da esfera do "consumo". O anúncio pode surgir no fluxo do cotidiano de cada um de nós quase que em qualquer circunstância. Uma das características fundamentais do anúncio é que seu controle se situa fora das nossas escolhas. Boa parte dos anúncios é intervenção e transformação dos fatos da realidade utilizando-se de um objeto mágico, que se torna o produto. Esse tipo de intervenção inadequada entre meios e fins caracteriza o chamado pensamento mágico. O anúncio faz com que o produto seja um objeto que convive e intervém no universo humano. A verdadeira magia da publicidade é incluir o produto nas relações sociais dos receptores.

Mariana e Luiza,
durante a apresentação


Fotos por Daniel Valério