Jimi Hendrix | Are You Experienced?

"O blues é fácil de tocar, mas difícil de sentir". Assim disse James Marshall Hendrix, o garoto tímido batizado originalmente de John Allen Hendrix, certa vez. Frequentemente citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock, Jimi Hendrix foi um dos mais influentes e importantes músicos de sua época, tanto no rock como no blues.

Jimi Hendrix: apresentação
para TV holandesa
Ao contrário do que muita gente pensa, Hendrix alcançou a fama antes do famoso e iconográfico Festival de Woodstock. Depois de fazer sua carreira e sua vida na Europa, foi no Festial Pop de Monterey que Jimi se lançou nos Estados Unidos. Hendrix se popularizou com as inovações que fazia com a guitarra e também como o uso do estúdio como uma extensão das ideias musicais que tinha na cabeça. Foi ele quem popularizou o uso do pedal wah-wah no rock, o uso dos amplificadores com distorções cruas e até mesmo a indesejada microfonia ele aperfeiçoou. Jimi era muito influenciado pelo estilo indígena de música, herança parcial de sua família.

Em 1967, o grupo, formado por Hendrix na guitarra e vocal, Noel Redding no baixo,eventualmente guitarra e vocais base, e Mitch Mitchell, na bateria, percussão e backing vocals lança seu primeiro álbum, Are You Experienced?, cuja mistura de baladas ("Remember"), pop-rock ("Fire"), psicodelia ("Third Stone from the Sun"), e blues tradicional ("Red House") seria uma espécie de amostra de seu trabalho posterior. O álbum fez muito sucesso, que só não alcançou o número 1 porque foi barrado pelo Sgt Peppers Lonely Heart Club Band dos Beatles. O álbum é considerado por muitos o melhor debut álbum de todos os tempos, e foi eleito o quinto álbum mais importante da era do rock pela VH1 em 2001, além de estar em décimo quinto lugar na lista da revista Rolling Stones na categoria 500 Greatest Albums Of All Time (tradução livre: Os 500 melhores álbuns de todos os tempos). Outra edição da revista, publicada anos antes em 1987, consagrou o álbum como sendo o quinto na categoria Melhores Álbuns dos últimos 20 anos. O álbum está também incluso no livro 1001 Álbuns para você ouvir antes de morrer (pretendo falar de todos eles aqui, começando por esse).

É com um tom de homenagem que encerro esse post. Nesse mês completou-se os 40 anos da morte de Jimi Hendrix num hotel em Londres sob muitas circunstâncias que nunca foram reveladas e nenhuma esclarecida realmente. Inicialmente, os primeiros boatos foram de que ele havia se afogado no próprio vômito, mas posteriormente surgiram boatos de que ele havia sido assassinado pelo seu produtor e mais tarde surgiram especulações de que Jimi havia se suicidado. O fato é que no dia 18 de Setembro de 1970, o mundo perdia um dos maiores músicos que havia conhecido.

O Are You Experienced foi lançado no dia 12 de Maio de 1967 na Inglaterra. As músicas que o compoem possuem elementos de blues, música clássica, funk e jazz; tudo regado pela psicodelia que envolvia os membros da banda naquela época, em especial o próprio Jimi Hendrix, que se entupia de LSD sempre que ia tocar ou gravar alguma coisa.

Foxy Lady
Maniac Depression
Red House
Can You See Me
Love or Confusion
I don't Like Today
May This be Love
Fire
Third Stone From the Sun
Remember
Are You Experienced?
Hey Joe
Stone Free
51st. Anniversary
The Wind Cries Mary
Highway Chile

Caminhos

Eu tenho caminhado entre essas pedras cravejadas com espinhos e sem nenhum tipo de proteção nos pés. Sozinho. Assim mesmo, sem mais nem menos. Simplesmente comecei a andar. E embora eu não saiba onde esse caminho vai chegar, eu continuo andando. Há outras pessoas nessa mesma estrada, e posso ver outras estradas também. Há mais pessoas caminhando por elas; algumas sozinhas, outras acompanhadas. Há casais, duplas, trios, mesmo grupos inteiros de pessoas caminhando juntas, mas algumas se separam quando encontram uma daquelas bifurcações que aparecem sem aviso prévio. Ninguém sabe nada delas. Nem eu. Só sabemos que quando elas aparecem, devemos escolher que lado seguir, e que Deus nos ajude se aquele for o caminho certo, porque não há placas de informação ou setas indicando o caminho mais seguro, ou mais curto, ou mais longo, ou mais perigoso. Só há a escolha que temos que fazer. Alguns casais se separam quando aparece uma dessas bifurcações na estrada, outros seguem juntos.

Certa vez encontrei uma pessoa e começamos a caminhar juntas. De mãos dadas, assim íamos nos conhecendo melhor. O início é sempre empolgante, mas depois fica mais difícil e eu simplesmente acho que em certos pontos é realmente muito bom ter alguém do lado acompanhando. Mas, em alguns momentos, eu preferia estar sozinho. Eu caminhei junto com essa pessoa por muito tempo. Fiquei feliz por isso, mas acho que ela não gostou muito e até tenho motivos para acreditar que ela preferia ficar sozinha a andar ao meu lado. Às vezes eu tropeçava em alguma daquelas pedras e pisava nos espinhos espalhados pelo chão, que na maioria das vezes era sempre poeira. Quando um de nós caia, a poeira fina se levantava e ninguém via mais nada, aí o problema era não poder enxergar para onde estávamos caminhando. Se saíssemos do caminho, coisas ruins poderiam acontecer. Ninguém conseguia saber o que havia além das bordas da estrada. Algumas pessoas que saíam conseguiam voltar, outras não, mas elas nunca falavam o que havia lá.

Uma vez eu caí. Estava de mão dada com a pessoa que andava comigo, e a puxei para o chão também. Eu me levantei rapidamente, mas ela não conseguiu e ficou deitada. Às vezes nos preocupamos tanto em olhar para frente que nos esquecemos de olhar para os outros que estão próximos de nós. Eu deveria ter percebido antes que continuei puxando-a, arrastando-a pelo chão sem deixar que se levantasse. Tivemos que soltar as mãos para que ela pudesse se levantar e poder continuar caminhando. Podemos esperar até os outros se levantarem, mas, por alguma razão, há momentos que não podemos ajudá-los a se levantar. Há momentos em que eles têm que fazê-lo por conta própria. Eu posso esperá-la até que se levante e decida se vai continuar caminhando comigo ou não, mas não posso esperar por ela por muito tempo. Às vezes temos que simplesmente parar de esperar e continuar o caminho por nossa própria conta, sozinho novamente, apenas torcendo para que algo de bom aconteça e tomando cuidado para não cairmos outra vez e puxar outras pessoas com a gente. Mas não posso esperar demais por ninguém. Ninguém pode. Simplesmente temos que continuar a andar. Há pausas temporárias, mas nenhuma definitiva. Temos sempre que continuar a caminhar.

Web 2.0 - Anarquia digital

Perdão pelo título um tanto chocante logo no meu primeiro post no Orquídeas.
Na minha apresentação gostaria de fazer uma introdução a você, caro leitor que certamente tanto ajuda para o melhoramento da nossa queria rede mundial. Sem mais demoras vamos ao que importa.

O que é a web 2.0?

O conceito foi cunhado pela O'Reilly Media em 2004 e a sua aceitação não é unanimidade. Apesar do que muitos pensam, a web 2.0 não é nenhum tipo de tecnologia de navegadores ou algo assim, ela está mais ligada a uma filosofia de como usar a internet onde não existe mais necessariamente alguém que produz a informação e a distribui para os seus leitores e sim leitores comuns que produzem informação a outros leitores comuns como eu e você.

O mais legal de tudo é que a coisa já está tão entranhada no modo como conhecemos e usamos a rede que sem que nem ao menos percebamos nós podemos ser participantes do processo no momento que decidimos adicionar alguma informação na rede, seja a partir de algum conhecimento que adquirimos no cotidiano(TV, livros, conversando), ou mesmo a partir de informações que adquirimos na própria rede.

Quando pensamos em ferramentas do nosso cotidiano como facebook, orkut ou twitter, nós podemos compreender melhor como funciona o processo. Já tentou imaginar qual é o conteúdo que os criadores do Orkut inseriram para o bom funcionamento da rede? Além da parte de programação nada mais foi inserido além do que qualquer usuário poderia fazer. Todo o conteúdo do Orkut foi criado pelos próprios usuários. Sim! Você, orkuteiro faz parte disso tudo no momento em que posta algo em alguma comunidade ou mesmo faz upload do churrasco de ontem. Você é bom! ;)

Isso faz com que as internet ganhe um caráter mais vivo, remodelavel do que o conceito de Web 1.0, que consistia basicamente em transferir o modo como se produz informação na mídia tradicional para a digital, sem maiores mudanças. O conceito de Web 1.0 implica em páginas fechadas,  mínimamente interativas, onde o usuário não pode adicionar conteúdo . Esse caráter vivo é observavel na filosofia Beta que está sendo adotada por vários programas na net. Tal filosofia entende que os programas não podem mais ser fechados, eles necessitam crescer juntos com seus usuários e sempre devem estar em desenvolvimento.
Eu criei uma metáfora legal pra explicar isso, saca só:

Você tem uma bolha com pequenos alienígenas dentro dela. Os aliens gostam de se movimentar freneticamente e aleatoriamente dentro da bolha, que resiste por ser elástica e ter a capacidade de mudar de forma de acordo com as pressões dos danadinhos dentro dela. Se um dia a bolha decidir se engessar, os aliens eventualmente a romperão.

Essa foi uma pequena apresentação dos novos modos que utilizar a web. Em breve estarei aqui novamente. Abraço!

Sinfônica e Filarmônica

O John Dylson me perguntou qual era a diferença entre orquestra sinfônica e orquestra filarmônica, uma vez que existem várias dessas orquestras espalhadas pelo mundo e as pessoas nunca sabem fazer uma distinção visual entre uma e outra. Já ouvi as pessoas dizerem: "Que merda! Vi um show da orquestra sinfônica de tal lugar. Não tinha diferença nenhuma da orquestra filarmônica daquele lugar!".

Deixe-me explicar. Essas pessoas não viram diferença nenhuma porque essa diferença não existe! Isso mesmo! Não há nenhuma diferença, visual ou técnica, entre a orquestra sinfônica e filarmônica. No passado havia, sim, uma diferença, mas hoje são todas iguais.

Antigamente, a orquestra sinfônica era mantida pelo estado e os músicos entravam através de um processo de seleção e recebiam salários mensais, sustentada por uma instituição pública. A filarmônica, por sua vez, era um agrupamento de músicos (na maioria das vezes músicos amigos) que se reunia para tocar, contratados por uma instituição privada. Mas nos últimos anos para cá, essa diferença deixou de existir e hoje não há uma distinção que identifique qual é uma ou qual é outra.

Orquestra Sinfônica de Londres: a melhor orquestra do mundo
Orquestra Filarmônica de Berlim

Uma Perguntinha pra você....

De repente acontece alguma coisa COM VOCÊ na rua e aí você repara que uns probleminhas aí existem... Você vira um cidadão indignado e presente. Culpa os outros, faz um showzinho, demonstra patriotismo....E como fundamento usa o conhecimento geral.

Despertar para os fatos cotidianos, reais e infelizes é quase um ato santo hoje em dia. É fácil demais ver o noticiário e reclamar para fazer parte de algum grupo ou então ficar indignado por um tempo breve, porque é legal ser moralista aqui no Brasil. Não fazemos nada porque estamos discutindo o que fazer, ou reclamando, ou com preguiça, ou egoísmo, ou falta de tempo... ou qualquer outra desculpa.

O que você pensa quando vê um mendigo em estado deplorável na rua? Ou até aquelas pessoas que colocam balas nos retrovisores dos carros com chantagens emocionais e passagens da Bíblia para você por dó ou fé, comprar balas que você nem queria...

O que você pensa?

Ignora, acostuma, pede para a sua consciência dar um tempo, esperar um pouco porque agora você tem outras coisas com o que se preocupar?

Você julga? “Foi falta de vontade de vencer”!

E se você desse dinheiro com legítima vontade de ajudar? Se você desse um conselho?Será que valeria de alguma coisa?

Mas de qualquer jeito.... você diria: “TÔ OCUPADO”!

Enxergar os fatos ao nosso redor é um caminho para parar de reclamar da própria vida e deixar de falar da realidade com tom falso de moralidade com mais outras pessoas acomodadas e cegas.

É hipocrisia dizer que não se importa com o que ocorre ao seu redor. É com você mesmo!

Vai continuar FINGINDO que não vê?