Psiquiatria e sertão são os temas do primeiro livro de Marcos Padilha



Hoje, a partir das 17h, haverá o lançamento o livro "Os Carnúba" na Livraria Jaqueira, escrito pelo psiquiatra pernambucano Marcos Padilha.

O romance relata a história de duas famílias que desbravam o sertão e vivem a história do Brasil desde os tempos do Império até os dias de hoje. O livro, porém, também é história da alma humana, mostrando a evolução da psiquiatria com seus diagnósticos e terapêuticas nos últimos duzentos anos. 

Marcos Antônio Padilha de Freitas nasceu no Recife em 1949. Formou-se em Medicina em 1972 pela Universidade Federal de Pernambuco. Psiquiatra e psicoterapeuta de longa experiência, é membro da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Associação Brasileira de Psiquiatria e titular da Sociedade Paulista de Psicoterapia Analítica de Grupo. 

Data: 23 de março de 2012
Local: Livraria Jaqueira - R. Antenor Navarro, 138, Jaqueira - Recife/PE

Amar dói. Saudade constante também

Ele não estava mais intimidador, ele não estava mais imponente ao ponto de nos fazer pensar 20 vezes antes de abrirmos a boca para falar um sequer boa noite.

Ele estava com um astral acolhedor, os cabelos agora estavam grisalhos e o andar mais relaxado. Ele ainda fingia me ouvir mesmo quando eu me esforçava tanto para escolher cada palavra.
Eu insisti em segurar seu braço mesmo nós nos sentindo estranhos com isto, pela falta de intimidade.
E ele ficou preocupado no que as pessoas iam pensar quando o visse com uma garota nova como eu. Mas quando fomos nos despedir ele me olhou diferente com aqueles olhinhos azuis e eu não relutei mais contra o amor. Mesmo sabendo o quanto ele dói.

Me lembrei que não vou vê-lo mais por no mínimo seis meses.
E naquele momento eu podia entregar minha vida a ele. Chorei como se ninguém estivesse por perto. Foi mais forte que eu.

Foram tantos desgastes, dificuldades pela distância, pela correria em que ele vive e mesmo assim eu não consigo odiá-lo. Às vezes sinto raiva do destino.

Eu o amo incondicionalmente. Eu continuo sendo aquela garotinha que deitou em seu peito enquanto ele dormia só para sentir sua respiração, o subir e baixar da barriga. Subindo e descendo... me fazendo sentir tão segura e feliz.

Ainda te amo pai. Talvez mais ainda.
Com você eu fico em paz.
Só eu sei o quanto sofro por não fazer mais parte da sua vida.
Mesmo assim, obrigada por se esforçar em me dar o que você não pôde ter.

Bela vista

Não foi o subir do morro inclinado que me deixou sem fôlego.

Foi sentir meu coração batendo forte me dizendo que eu pertencia ali.

Eu vi ali um retrato da minha vontade tão tantas vezes enterrada em meio ás exigências que vem de fora de mim. Eu vi a liberdade nos olhos das pessoas que andavam de chinelo em meio a água suja sem nem se importarem, eu vi a luta sem medo de sangrar, de despentear, de perder o equilíbrio e rolar pelo chão.

Eu vi.

Obrigada por isso.

Pra que não pensar a Paixão?

Me disseram que a paixão não deve ser pensada.
Coisa que me deixou inquieta,
primeiro porque eu odeio “deve”,
as coisas só “devem” quando elas tem um objetivo.
Por exemplo, eu devo respirar se quiser viver; devo ser feliz se achar que faz minha existência mais proveitosa, (...)
E depois que paixão, querendo ou não querendo, (ou as duas coisas), é um assunto que eu domino.
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E ai eu me pergunto porquê “não deve ser pensada?”,
não existem assuntos proibidos... ainda mais se não há objetivo.

A paixão é uma ilusão, é colocar algo no pedestal (porque as pessoas gostam de adorar e odiar as coisas, como se os extremos sacudissem a vida e lhe dessem sentido), a paixão é o cumulo do prazer e o cumulo da dor, porque ela vem de dentro.
Ela trás uma existência mágica, tudo é mais colorido e dengoso porque Ele existe, Ele que é daquele Jeito, que fez Aquilo e que você pensa sempre, porque é tão lindo...
E o cumulo da dor... de não conseguir parar de pensar, de saber que tudo um exagero, com interpretações próprias e sem comprovação e não de ter como ser como nas histórias mentais e que é ridículo fazer histórias mentais e gastar tempo fazendo histórias com uma pessoa tão pessoa quanto você, que faz coco, peida, julga, faz coisas que você não concorda nem um pouco e que tem fundamentos fundados no nada.
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Eu já fui muito feliz com uma paixão e com um punhado de apaixonites, o que consequentemente me leva a dizer que fui igualmente infeliz, ou talvez mais.
Dói lutar contra si mesmo quando você sabe que não faz sentido,
dói quando você vê que Ele não é perfeito, que Ele não te considera como você o considera, dói ver que Ele pode gostar de alguém que não é você e que vocês não são destinados a ser felizes até a velhice.



Eu, particularmente, tenho tendência a apaixonites de tempos em tempos, e sabendo disso eu guardo elas pra mim, brinco o pouco que não consigo evitar (faço umas poesias, monto umas situações mentais, lembro e riu, olho e aprecio, ) daí destruo como um desenho que deu trabalho, mas ficou ruim. Alguns dirão que é frio, sei que farão, mas qual é o objetivo da paixão?
Acho minha vida maior que isso,
há o que me alegre sem sulgar meu tempo e pensamento,
há o que me faça sentir preenchida sem me rasgar aos poucos.
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E sobre relacionamentos eu sei o que seria básico para ser saudável,
(alguém que goste e entenda a aura da arte, das pessoas, da política, que goste de viajar, de umas aventuras e de cachorro, que acredite em deus – de preferência com uma visão mais próxima da SNI ou dos Hare Krishna- que não seja guiado pelo hedonismo e que tenha um objetivo de vida compatível com o meu). Isso é o básico, o resto é opcional, mas isso é o básico. E assim como eu, todo mundo tem o que não queira abrir mão, o que quer que permaneça, o que é essencial para a felicidade.

Mas a paixão... ela não se permite muitas escolhas,
ela pula de ponta e não vê se é raso demais.
E ai acaba doendo.
No filme sempre acaba com um beijo e nós nos esquecemos o quanto pode doer,
doer de um jeito corroento e ardido
... e dói demais, que isso.



Sinceramente, quando tenho minhas apaixonites eu tenho vontade de sentar com alguém e dizer um tanto sobre o que eu sei de mim, o que é essencial pra mim, o que é errado pra mim e espero que meu Ele diga o mesmo sobre si.
Pra ver a fundura antes de se jogar de ponta.

Porque dói,
dói muito
e eu já cansei de saber como dói.
...de ser insana esperando a sorte divina.

Eu prefiro o amor.

Us now, um novo modo de entender o poder da comunidade contemporânea.

Us now é um documentário que fala sobre as novas possibilidades de organização das comunidades por meio de ferramentas relativamente novas oferecidas pela internet. Há uma abordagem muito interessante sobre as possibilidades de rompimento com formas hierárquicas tradicionais das instituições. Essas possibilidades são demonstradas através de experiências bem sucedidas como o Couchsurfing, o Ebbsfleer United e o Zopa Bank, projetos que se baseiam em uma cultura de colaboração, onde os membros se organizam, criam informação e tomam decisões.
Em um momento do vídeo é mostrada alternativas para o próprio modo de governo, algo que foi chamado de "Governo 2.0", onde seriam oferecidas ferramentas para que o cidadão possa interagir e até mesmo ter mais poder nos processos governamentais. Isso está engatinhando na cena mundial (com o Avaaz, por exemplo), com grandes mobilizações em prol de decisões que antes seriam tomadas por um pequeno grupo de legisladores que nem sempre é transparente.



Leia também: http://governo.terraforum.com.br/Documents/RelatorioGoverno20.pdf

No Cinema: "Além da vida"

Filme "Além da vida":
Um filme bastante instigante.
Tão instigante que vou ousar escrever o que ele me deixou pensando.

Para mim, este filme é um retrato da realidade de dúvidas, de questões especuladas e mistério quanto ao que há além da vida.

Uma criança que perde seu único irmão e amigo, uma Jornalista que experimenta a "quase morte" e um médium que considera seu dom uma maldição.

O preconceito ligado á este assunto é mostrado transparentemente no filme.

Ocorre que ao tocar no assunto espiritismo, morte e possibilidades de que exista espíritos não carnais em outro plano,os pré-conceituosos reagem logo de cara com rejeições.

Negar e criticar algo do qual não se possui nenhum conhecimento e nem ao menos se permite abertura para isso, parece ignorância.

Ter consciência de que temos espírito é confessar que somos seres sensíveis.

É despertar que a vida além da vida interfere no agora e consequentemente no futuro tanto quanto as pessoas que estão ao nosso redor nos afetam.

Confessar que somos seres espirituais é abrir os olhos para as possibilidades além do superficial que nos cerca.

E quem sabe um dia entender os mistérios, evoluir.

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Olá de volta!

Fiquei um tanto ausente do blog nesse ultimo mês pois estava dando uma voltinha de carona pela América do Sul. Depois de um tanto de experiencias incríveis eu acho que terei uma boa quantidade de coisas legais pra poder compartilhar com você, oh caro sentado ai na cadeira.
Infelizmente ainda não será nesse post que eu falarei sobre minhas memórias ou compartilharei coisas com vocês, não é por má vontade, eu só ainda tenho que colocar tudo em ordem e coletar materiais.
Ao que interessa:
Passeando pela rede, eu encontrei tal propaganda que deve interessar a aqueles que se empolgam com idéias perigosas.


No fim das contas tem algo que eu achei um tanto tosquinho ou prepotente por parte da BMW, mas enfim... a piadinha serviu
Comentários são bem vindos.
Abraços e logo estou de volta.